sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Correu, correu, azar o dele que vou eu

Marido corre todas as manhãs, e como ele tem o sono super pesado sou
eu que ouço o despertador e cutuco o moço. Isso às 5h45.Ele tem
direito a um snooze, é o nosso combinado, mas volta e meia o que
acontece é que a porra do despertador fica tocando a cada 8 minutos,
ele dormindo pesadamente e eu acordando o tempo todo, sem precisar, e
ficando cada vez mais puta.

Daí que aconteceu isso esta semana e, no final, levantei eu e fui
correr eu. Se é pra acordar cedo bragarái, que pelo menos seja para o
meu bem, não pro dele, ué.

Caminhei 30 minutos bufando de raiva, mas se não fiquei mais calminha
pelo menos fiquei mais levinha.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Quem faz sempre tudo certinho, quando faz arte se estrepa - ou: eu sou mesmo uma fudida

Tava tranquila da minha vida hoje de manhã, um frio da porra (tipo, tem dado uns 10 graus, mas ao contrário da Europa em que eu pegava até menos, aqui não tem aquecedor em lugar nenhum, ou seja, vc sente 10 graus o dia inteiro, não tem casaco que aguente), ficamos os 4 debaixo do edredon hoooooras, as meninas tomando mamadeira, e aí fui atrasando pra levantar pra ir trabalhar, atrasando, atrasando, pensei "ah, tudo bem, minha diretora vai estar em SP hoje mesmo, vou chegar 9h" (entro 7h20), arrumei as meninas com calma, tomei aqueeeele banho, marido levou as meninas, eu ainda estava tipo "vou sentar, tomar café..." e aí o que acontece? liga a secretária dizendo que a diretora tá louca atrás de mim, passa o tel pra ela, "agora de manhã passei aqui na sala ao lado, tá rolando a reunião assim assado, pq vc não tá lá?", ou seja, nem tinha ido pra SP e estava bem aqui no escritório, e PUF, aquela manhã perfeita se dissipa e eu saio correndo esbaforida e já ferrada pro trabalho.

domingo, 1 de agosto de 2010

O porque do espaco

Eu precisava, depois de tantos anos blogando patetices quando morava fora, e agora blogando apenas pra família sobre as fofices das 2 filhas, de um espaço onde pudesse:

a) falar de qualquer outra coisa que não seja gracinha de criança
b) de vez em quando mandar toda a família tomar no cu
c) nossa, falar palavrão!
d) reclamar do trabalho sem ser demitida por justa causa
e) reclamar do marido sem me sentir culpada
f) todas as anteriores

Porque eu já era meio maluca, como toda mulher, mas fiquei mais depois que virei mãe. E essa vida de escrava de criança, escrava sexual, escrava leleleô do chefe, escrava da magreza que insiste em perder pros meus 10 kg a mais, escrava de mim mesma - parada emocionalmente no tempo, começando uma terapia, culpada com o que devo e com o que não devo, querendo abraçar o mundo, cheia de flexibilidade e alongamento mas zero equilibrio - precisa de uma brisa, um lugar pra encher de abobrinha. Aquele canto só meu, que se não tenho em casa, com essa bagunça do marido, a tenda cor de rosa cheia de brinquedo das meninas e o sofá horroroso cheio de capas pra "disfarçar", então que seja esse canto aqui.

Em tempo: Pepeta é o nome do meu cachorro de pelúcia preferido, que me acompanha desde os 3 anos, e por coincidência acabou virando uma homenagem à Pepa, personagem da Carmen Maura no filme do Almodóvar (que só tem mulher maluca, mesmo que nem todas mães), "Mulheres à beira de um ataque de nervos". Hum, sugestivo.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Nada facil ser uma pessoa de verdade

Tem que crescer. Tem que ser guerreira. Tem que ser doce. Tem que comer pouco doce. Ser mae, ser fodona no trabalho, linda sarada, companheira do marido e ainda pronta pra tudo (de montar movel, negociar com despachante, inovar no sexo e fazer uma baita sobremesa).

Esse caminho dificil pra eu virar adulta, pessoa de verdade, inspira isso aqui. Porque escrever ainda me mantem mais ou menos no caminho da sanidade.