domingo, 1 de agosto de 2010

O porque do espaco

Eu precisava, depois de tantos anos blogando patetices quando morava fora, e agora blogando apenas pra família sobre as fofices das 2 filhas, de um espaço onde pudesse:

a) falar de qualquer outra coisa que não seja gracinha de criança
b) de vez em quando mandar toda a família tomar no cu
c) nossa, falar palavrão!
d) reclamar do trabalho sem ser demitida por justa causa
e) reclamar do marido sem me sentir culpada
f) todas as anteriores

Porque eu já era meio maluca, como toda mulher, mas fiquei mais depois que virei mãe. E essa vida de escrava de criança, escrava sexual, escrava leleleô do chefe, escrava da magreza que insiste em perder pros meus 10 kg a mais, escrava de mim mesma - parada emocionalmente no tempo, começando uma terapia, culpada com o que devo e com o que não devo, querendo abraçar o mundo, cheia de flexibilidade e alongamento mas zero equilibrio - precisa de uma brisa, um lugar pra encher de abobrinha. Aquele canto só meu, que se não tenho em casa, com essa bagunça do marido, a tenda cor de rosa cheia de brinquedo das meninas e o sofá horroroso cheio de capas pra "disfarçar", então que seja esse canto aqui.

Em tempo: Pepeta é o nome do meu cachorro de pelúcia preferido, que me acompanha desde os 3 anos, e por coincidência acabou virando uma homenagem à Pepa, personagem da Carmen Maura no filme do Almodóvar (que só tem mulher maluca, mesmo que nem todas mães), "Mulheres à beira de um ataque de nervos". Hum, sugestivo.

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